sexta-feira, 5 de novembro de 2010

TRADIÇÕES DE BAIÃO

 A «Tradição já não é o que era», fomos recolher algumas das tradições da nossa terra, tirando fotografias e conversando com as pessoas. Verificamos que em Baião muitas das tradições persistem no tempo... ficam aqui algumas que conseguimos recolher e que ainda hoje se fazem.

A Desfolhada:

Desfolhada - o milho é colhido, desfolhado, com a ajuda dos vizinhos e amigos (ajudam uns aos outros), normalmente quando anoitece, porque de dia «há sempre muito a fazer», com umas cantigas, para se fazer com «mais gosto». Colocam-se depois nos «canastros» como lhe chamam na nossa terra, ou espigueiros, para secarem.




 


A Vindima:

 




A vindima é a colheita (apanha) da uva. Num sentido mais lato a vindima engloba o período entre a colheita das uvas e o inicio da produção do vinho.





Pisar ou Sovar as uvas:















São famosos os vinhos de Baião, exemplos
·     Palhete
·     D. Arnaldo
·     Quinta de porto ferrado
·     Estival
·     Quinta dos Beiredos
·     Quinta de Ferro
Com condições naturais próprias , Baião produz o chamado vinho «carrascão» e espumantes galardoados internacionalmente.

Matança do Porco:


Hoje proibida, é ainda feita em muitas casas, «cria o teu porquinho, cuida da vidinha». Criar o porco  e ter uma capoeira é ainda a forma de economia doméstica de muitas famílias e depois «sabemos o que comemos», diziam-nos.

Vemos ainda o pastoreio em qualquer parte do concelho, nalgumas zonas feito ainda de forma comunitária, como em Mafómedes.




Biscoito/Bolo de Teixeira:


Este bolo, tal como todas as receitas de doces tradicionais, embora se saiba a receita, pois esta existe em todo o lado, incluindo na Internet, existe um segredo, segredo esse que só as pessoas da terra, que já fazem o bolo à muitos anos, ou aprenderam a fazê-lo com os seus antepassados, é que o sabem, dando-lhe assim, um sabor único e característico. Mas um factor que torna também o verdadeiro biscoito da Teixeira único, é que ainda hoje é cozinhado em fornos que usam como principal matéria de combustão a madeira.


Artesanato - Cestaria:




Os cestos de piorna ou de gestas, são tradição por cá, principalmente na freguesia de Frende .











AS BENGALAS DE BAIÃO: 

As primeiras oficinas de bengalas surgiram em Gestaçô nos finais do século XIX. Alexandre Pinto Ribeiro foi a pessoa que trouxe a técnica para o Concelho e fomentou a sua construção. Utilizou uma técnica inovadora, a técnica da dobragem, isto é, baseia-se na dobragem das pontas de madeira amolecida em água a uma elevada temperatura e com ajuda de uma barra metálica, o que permite aproveitar uma maior quantidade de matéria prima e obter um produto de maior qualidade.

Com o desenvolvimento desta técnica, Gestaçô começou a ser conhecido como o ponto de referência de produção de bengalas, surgindo assim bastantes encomendas.
Com a experiência foi-se aperfeiçoando a técnica, introduzindo elementos decorativos nas bengalas, designadamente, cabeças de animais, cerejeira polida, incrustações de madrepérola, prata ou ouro.

Actualmente as bengalas perderam importância a nível de estética, sendo mais utilizadas como peças de museu e pelos universitários na queima das fitas.

Algumas culturas tradicionais:

Castanheiros


Castanheiro, é uma árvore de grande porte, muito abundante no interior norte e centro de Portugal, cujo fruto (ouriço) contém a castanha, que formou, juntamente com o trigo, cevada e centeio, a base da alimentação em Portugal até ao século XVII. No sul é rara, apenas aparecendo em áreas muito elevadas como a Serra de São Mamede (Marvão). O castanheiro produz também madeira de excelente qualidade, o castanho.



A ARQUITECTURA RURAL TRADICIONAL:

Mafómedes

 O xisto material abundante, nesta zona e cobertura de lousa.

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